Psicologia E Servi O Social
A Psicologia no Brasil foi regulamentada no ano de 1962, pouco antes do golpe militar.
A psicologia emergiu associada às classes burguesas da sociedade brasileira que buscava contribuir com estudos sobre as intervenções de caráter higienista, moralizante e normatizante focadas principalmente na população pobre. Com o golpe militar “a nova profissão não buscava apenas legitimidade social, mas mostrar para as classes dominantes atuantes no Brasil que a psicologia não era uma ameaça à ordem social“. (LACERDA JR, 2013, p. 220).
Entretanto, na década de 70 durante a ditadura militar, houve um complexo processo de reorganização de setores da sociedade civil em sua luta contra o capital e/ou o regime militar. Este processo também chegou na psicologia, criando crises e transformações. Surgiram novas abordagens teóricas e práticas na psicologia brasileira. (LACERDA JR, 2013, p. 225-226). No Brasil, o crescimento de posicionamentos críticos em relação a situação vivida na época levaria ao desenvolvimento da psicologia comunitária, em que profissionais vinculados aos movimentos contrários ao regime ditatorial, preocupados com a construção de novas práticas que negavam o paradigma hegemônico e críticos às instituições sociais conservadoras iniciariam uma nova relação com as populações que demandavam algum tipo de auxílio e de emancipação. (GONÇALVES, 2010; CAMINO, 2000).
Já no Serviço Social após o Golpe Militar de 1964, o espaço da atuação profissional dos assistentes sociais se limitou à execução das políticas sociais em expansão dos programas de desenvolvimento da comunidade, atuando na eliminação da resistência cultural que representasse obstáculos ao crescimento econômico e na integração aos programas de desenvolvimento do Estado.
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