Psicologia e Idade média

1775 palavras 8 páginas
Durante dois mil anos a Psicologia existiu amorfa e indiferenciada, pois estava fundida à Filosofia, e tinha por preocupação embrionária o homem enquanto um ser possuidor de “algo” além de seu corpo material e sensorial. Dessa forma, a primeira grande definição de Psicologia como estudo da alma perdurou durante muito tempo. Contudo, essa é uma definição muito controversa, pois o termo “alma” abre um leque imenso de formas de compreensão, uma vez que os homens nunca deixaram de discutir quando não de disputar, a respeito da natureza, da função e até da realidade da alma.
Refletir sobre a alma suscita questões inquietantes, enigmáticas e infinitas. Por isso, vamos pontuar as transformações sofridas pelo significado da alma, através da própria evolução do pensamento da humanidade.
A IDÉIA DE ALMA NA ANTIGUIDADE E IDADE MÉDIA
Historicamente, entre os séculos III a.C. e III d.C., os romanos apropriaram-se da cultura grega (helenismo), e neste contexto surgiram pequenas escolas, tais como: estoicismo e sua preocupação com a ética, acentuando a vontade humana como capacidade de negar impulsos, objetivando a firmeza da alma: “A morte põe fim à rebelião dos sentidos, à violência das paixões, aos desvios do pensamento, à servidão que a carne nos impõe” (pensamento de Marco Aurélio, livro V); epicurismo e sua preocupação com a ética fundada no prazer, “A alma não se distingue do corpo a não ser por uma maior sutileza dos elementos componentes… à alma cabe difundir a vida pelo organismo e permitir atividades psíquicas, afetivas, intelectuais… condicionadas pela união entre corpo e alma, o que prova a materialidade da alma” (Mueller, 1975 p.54); o ceticismo defendendo que é impossível tentar encontrar o conhecimento; o neo-platonismo, com Plotino: “A alma não está no mundo; mas o mundo está nela; pois o corpo não é um lugar para alma. A alma está na inteligência; o corpo está na alma” (Werner, 1938, p.246); o cristianismo que surge em um momento bastante conturbado,

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