Psicologia e história
Bock A.M.B. FURTADO, O TEIXEIRA, M de L. T. Psicologias. Uma Introdução à Psicologia. São Paulo, Saraiva, 1999
Geude de Oliveira Lima
Ao tentar compreender uma ciência, primeiro é necessário compreender sua história, que, aliás, está sempre ligada à história de outras ciências. Com a psicologia não é diferente.
A história da psicologia ocidental data de aproximadamente dois mil anos e começou com os gregos, tendo avançado e sofrido diversas mudanças no decorrer do tempo.
Insta salientar, que a psicologia, em seus primórdios, fazia parte da filosofia, que começou a estudar a interioridade do homem. Sócrates revolucionou a psicologia, ao estudar os limites entre os homens e os animais, tendo a “razão”, como principal diferença entre os dois seres. Por sua vez, Platão, que é considerado discípulo de Sócrates, buscou definir um local onde a razão residia no ser humano, tendo relatado ser ele a cabeça, local onde se encontraria a alma do homem.
A psicologia ainda não era tida como uma ciência, sendo que se confundia com a religião e tratava da alma e não apenas do corpo humano propriamente dito. Ainda sobre esse prisma, Aristóteles afirmou que o corpo e a alma não se dissociariam, razão pela qual todos os seres vivos possuíam alma. Avançando cada vez mais, chegou a estudar as diferenças entre a razão, percepção e sensações.
Com o monopólio do saber exercido pela Igreja Católica no século XII, a psicologia cada vez mais se confundia com a religião e passava a estudar a alma das pessoas.
Com os avanços da psicologia, Descartes afirmou que o homem possuía uma substância material e uma pensante, o que tornou possível o estudo do corpo humano, após a morte, o que deu aspecto de ciência à psicologia.
Já no século XIX, a psicologia que já era uma ciência passou a estudar o conhecimento como fruto da razão, o separando das questões religiosas, buscando desvendar a natureza e suas leis. Esses avanços levaram à formação