Psicologia uma nova introdução
A construção do projeto de uma psicologia científica independente era concebida meio a dificuldades. Na época (1870 – 1880), era valorizado o modelo positivista, e o saber puramente científico era construído nessa base, utilizando instrumentos que pudesse via experiência, teste, e de forma empírica, buscar a regularidade, precisão, e univocidade. O empirismo positivista vigente da época influenciava o desenvolvimento da idéia de que a matemática seria o instrumento mais eficaz para explicar fatos irregulares, mutáveis e desorganizados. Com a possibilidade de a matemática conferir à ciência a exatidão da verdade admitia-se que a cientificidade de uma disciplina está na razão direta de sua matematização. Sendo assim, para conferir a psicologia um caráter científico e independente das outras áreas do saber, seria preciso mostrar que ela tem um objeto próprio e instrumentos, métodos, adequados ao estudo desse objeto. Fazer ciência era produzir um objeto irredutível, e para a psicologia seria seu objeto a “psique”, entendia como “mente”, termos que fazem alusão a “alma”, “espírito” e pelo um simples caráter de linguagem já não se enquadrava a um saber científico. Mas, além disso, este objeto não se apresentava como um objeto observável, com conceitos possíveis de serem obtidos a partir da realidade empírica e através de um processo de generalização, não se enquadrando, então, nas exigências do positivismo, que não considerava como digno da ciência nada que não pudesse ser observado publicamente, medido, desnudado em todas as suas características. Outro ponto a respeito das idéias psicológicas antes do modelo científico era a de não conseguir se desenvolver sem estabelecer relações cada vez mais estreitas com as ciências biológicas e com as da sociedade. Se a