Psicologia Social
Hannah Arendt, o totalitarismo e a relação com o conceito do mal e da moral
V Mostra de
Pesquisa da PósGraduação
Ricardo Gomes Ribeiro, Prof. Dr. Agemir Bavaresco (orientador)
Programa de Pós-Graduação (Mestrado), Faculdade de Filosofia, PUCRS,
Resumo
O totalitarismo, uma forma de governo e de dominação, baseado na organização burocrática de massas, no terror e na ideologia. Hannah Arendt percebeu elementos de grande reflexão nesse sistema de governo, abordando, a questão política no início do século XX.
Dimensões de horrores e o radicalismo da negação à liberdade, jamais foram vistas.
Encontramos semelhanças existentes entre o sistema de governo totalitário e outros sistemas atuais. Um dos aspectos que Hannah Arendt traz em sua conceitualização sobre o totalitarismo é quanto ao colapso da moralidade neste regime. Os aspectos desumanos, oriundos dos governos, nazista e stalinista constatados por ela, evidenciam um ponto de reflexão nesse sentido. O presente artigo fará à análise de conceitos que integram o ponto central da obra sobre o totalitarismo de Hannah Arendt, a questão moral e imoral do totalitarismo, abordando o mal e a autonomia como consequências inevitáveis do regime. Um colapso moral do regime de governo visto, não só pela ótica dos criminosos, mas do comportamento das pessoas comuns, que se ajustaram entrando em contradição com as questões vigentes. Em tais personagens vem à luz o perigo eminente que decorre da diluição e perda de si mesmo no anonimato coletivo.
Introdução
Juntamente com o conceito de antissemitismo e suas origens, Hannah Arendt (2007) escreve a respeito do totalitarismo, pois que o povo judeu foi o que percebeu o maior efeito do sistema totalitário e violência na história da humanidade. A questão do antissemitismo foi fator determinante para o abuso de julgamento pelo totalitarismo e para demonstrar como o ser humano chega ao ódio e à perseguição aos judeus. Hannah Arendt (2007, p. 77) percebe
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