Psicologia social - preconceito
Como já exposto, a Psicologia Social ocupa-se de examinar a forma com que as pessoas se comportam em suas interações sociais, ou ainda, como essas interações se manifestam, bem como os processos cognitivos e afetivos que são desencadeados por tais interações. Nesta apresentação, trataremos de três aspectos, dentre tantos, relacionados às interações sociais humanas: o preconceito, a estereotipização e a discriminação, bem como uma de suas consequências nefastas, o comportamento antissocial agressivo. Falaremos ainda de uma possível resposta a estas questões, na figura do altruísmo, e na busca pela justiça social. Iniciemos pelo preconceito. Preconceito é uma ATITUDE. Atitude, dentro da psicologia social, é definido como um sistema relativamente estável de organização de experiências e comportamentos relacionados com um objeto ou evento em particular. Toda atitude tem três aspectos: o cognitivo (o conhecimento daquilo a que se refere a atitude); o afetivo (um valor atribuído ao objeto da atitude, que pode ser positivo, gerando atitude positiva, ou negativo, gerando atitude negativa); e o comportamental (como os sentimentos se manifestam em relação ao objeto; sentimentos positivos levam à aproximação, sentimentos negativos levam ao afastamento). No caso do preconceito, o cognitivo é formado pelas crenças acerca do objeto. O afetivo, pelos sentimentos em relação ao objeto. E o comportamental, pela postura adotada para com o objeto, a partir daquelas crenças e sentimentos. A definição semântica de preconceito, em sua forma mais literal, é a formulação de uma ou mais ideias, a atribuição de determinadas características e propriedades a algo ou alguém, sem a necessária posse do conhecimento adequado deste algo ou alguém. Ou de forma mais simples, é um juízo de valores fundamentado muito mais em nossos próprios conceitos e experiências do que na realidade daquilo que estamos julgando. Assim sendo, como ATITUDE, o preconceito em si não é