psicologia organizacional
Certamente, como assinalam Pena e Schneider, o exercício da Psicologia (aqui entendido como aplicação de conhecimentos psicológicos a problemas humanos) antecede a própria teorização em Psicologia e à sua regulamentação enquanto profissão — esta, na realidade, representa o auge de um processo em que a sociedade reconhece e delimita a especificidade de um grupo ocupacional já atuante e socialmente inserido. Três vertentes distintas marcam as origens da Psicologia enquanto ciência e profissão no Brasil. Uma primeira ligada à produção científica nas Faculdades de Medicina do Rio e Bahia que não tardaram a gerar trabalhos de assistência psicológica a psicopatas, em hospícios. Esses "médicos-psicólogos" não só introduziram entre nós ideias de estudiosos europeus (Freud, Koller), como enveredaram pela aplicação de provas de nível mental, aptidões e outros testes. Uma segunda vertente é a pedagógica, sendo a Escola Normal de São Paulo e, particularmente, o prof. Lourenço Filho exemplos do que havia, entre nós, de mais avançado na compreensão dos fenômenos psicológicos relacionados com a questão educacional. Também aqui observa-se uma nítida predominância da atividade de criar e aplicar instrumentos de mensuração psicológica. A terceira vertente tem origem com os trabalhos do engenheiro Roberto Mange, de seleção e orientação de ferroviários. Os estudos de psicotécnica - psicologia aplicada ao trabalho teve amplo desenvolvimento não só no IDORT, mas sobretudo no ISOP,