Psicologia Organizacional
GOULART, Íris. Estudos exploratórios em Psicologia organizacional e do Trabalho. In: GOULART, Iris Barbosa; SAMPAIO, Jader dos Reis (orgs.) Psicologia do trabalho e gestão de recursos humanos: estudos contemporâneos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1998.
Resumo
Este texto aborda os estudos exploratórios e sua utilização em Psicologia Organizacional e do Trabalho. Procura-se conceituar este tipo de pesquisa e defender seu caráter científico; identificam-se as características e os principais tipos de estudos exploratórios, comparando-os a outras pesquisas. Apresentam-se exemplos de pesquisa exploratória na área de Psicologia Organizacional e do Trabalho, algumas delas desenvolvidas pela autora do texto e sugere-se a melhor maneira de conduzir e avaliar seu significado e aplicabilidade na área.
Palavras-chave: estudo exploratório, pesquisa exploratória, Psicologia Organizacional, Psicologia do Trabalho.
Quando Cristóvão Colombo procurou a Princesa Isabel para pedir que patrocinasse sua “exploração” do Novo Mundo, ele teve algumas razões para solicitar três caravelas (Por que não uma? Por que não cinco?) e teve razões para optar pela direção oeste (Por que não sul? Por que não sul e depois leste?). Teve também critérios (talvez um engano) para reconhecer as Índias quando as encontrou. Em resumo, sua “exploração” começou com alguns raciocínios prévios e algumas orientações, além de alguns enganos que provaram estar errados. (WILFORD, 1992).
Este texto de Wilford (1992) propicia uma analogia bastante elucidativa entre os estudos exploratórios e outros modelos de pesquisa que o cientista social se propõe a desenvolver.
Assim como Colombo “explorou” aspectos da realidade para levantar questões, formular hipóteses, selecionar procedimentos que poderia adotar, identificar enganos que tinham a probabilidade de ocorrer na sua “exploração posterior” do Mundo Novo, o cientista social utiliza os estudos