Psicologia no trabalho
Por Geraldo Magela Machado
É uma área que surgiu inserida na Psicologia aplicada, onde muitos dos grandes estudos psicológicos sobre o trabalho se encontram. Das publicações mais antigas destacam-se as obras de Munsterberg, intituladas Psicologia e eficiência industrial (Psychologie et efficience industrielle, 1913) e Fundamentos da psicotécnica (Fondements de la psychotechnique, 1914).
Devido ao grande número de estudos sobre a psicologia do trabalho, surge um novo campo de estudos, a psicologia industrial, que é a aplicação dos métodos e descobertas da psicologia, para a solução de problemas industriais. O termo psicologia industrial aparece em várias obras, mas a maioria dos autores prefere utilizar o termo psicologia do trabalho, por ser mais abrangente.
Os primeiros estudiosos da psicologia do trabalho foram os franceses, que se dedicaram á análise das causas e efeitos da fadiga e à utilização de testes psicológicos para seleção de trabalhadores.
Durante muito tempo os problemas abordados pela psicologia do trabalho limitavam-se ao recrutamento e distribuição de pessoal, em como localizar e selecionar bons trabalhadores e como fazê-los produzir mais e melhor. Esse enfoque na seleção e distribuição de pessoal, fez com que os psicólogos organizacionais, inicialmente, ficassem muito tempo apenas aplicando testes.
Com o passar dos anos, o campo de atuação da psicologia do trabalho alargou-se e passou a tratar, também, da formação do trabalhador, da orientação do trabalho, dos planos de carreira e da organização, em seus diversos aspectos.
A psicologia do trabalho abrange, principalmente, três grandes campos de estudos:
O homem e sua relação com o trabalho, abordando a personalidade do trabalhador, sua capacidade de aprendizagem e a origem das diferenças individuais entre os trabalhadores, seu nível de conhecimento e competência e sua motivação para o trabalho;
Estudo do ambiente onde se dá o trabalho e que pode influir positiva ou