Psicologia nas organizaçoes
Situação da formação e das atividades de trabalho
Reavaliar e propor transformações para que se tente um passo além das denúncias constitui uma responsabilidade ética e política e uma inevitável exposição às críticas, às concordâncias e às discordâncias. Representa também uma tentativa de prestação de contas à sociedade - sociedade que investe para a . geração de um profissional descontente com o seu própria papel. Por meio da reflexão que se abre para o debate das comunidades científica e profissional, tem-se uma via para descobertas que possam representar encaminhamentos coerentes com os propósitos daqueles que se preparam para o exercício e daqueles que exercem a Psicologia nas organizações.
A formação e a atuação do psicólogo na realidade brasileira têm sido objeto de constante estudo. Essas investigações cresceram em quantidade na medida em que um maior número de psicólogos foi colocado no mercado de trabalho, muitas vezes denunciando um desajuste na situação de exercício das atividades profissionais. Quando se verifica o panorama geral desses estudos, incluindo as dissertações, as teses e os livros, percebe-se que a análise das relações entre a formação e a atuação do psicólogo organizacional merece maior atenção.
A precariedade da formação do psicólogo brasileiro tem sido amplamente denunciada e recrudesce progressivamente, desde a instalação dos primeiros cursos. A insatisfação com a qualidade do preparo em Psicologia é generalizada. Queixam-se da insuficiência dos conhecimentos, dá focalização em técnicas ultra-passadas em prejuízo do questionamento da prática e da restrição das alternativas de atuação profissional. "O ensino de Psicologia oferecido no País é bastante fraco, insatisfatório, e, além disso, observa-se uma tendência negativa, ou seja, aparentemente, vem piorando ao longo do tempo" (Gomide, 1988, p. 85).
As inúmeras tentativas de reformulação curricular, iniciadas nas propostas curriculares da