Psicologia na empresa
O porquê da Psicologia Clínica in-Company
O pensamento dominante da gestão organizacional dos anos 90 era de explorar ao máximo a força de trabalho, e alcançar os maiores níveis de qualidade e produtividade com o mínimo de despesas possíveis como folha de pagamento, benefícios, e qualidade de vida no trabalho. Esta visão caracterizava-se por uma postura imediatista e sem visão social.
Hoje, contudo, esse pensamento vem sofrendo importantes transformações, principalmente se considerarmos o que vem a ser o trabalho, já que ele conserva um lugar importante em nossa sociedade.
Será que se tivéssemos bastante dinheiro para viver bem o resto da vida sem trabalhar, deixaria de fazê-lo? As pesquisas apontam que não, a maioria das pessoas trabalharia mesmo assim. O principal motivo que leva as pessoas a trabalharem, além das necessidades financeiras, é a importância de relacionar-se com outras pessoas, sentir-se vinculado, para ter algo que fazer, enfim sentir-se produtivo e ter algo para fazer na vida além do ócio. O trabalho é um valor e conseqüentemente tem uma forte influência na motivação das pessoas, na sua produtividade e satisfação pessoal.
Ao se focalizar o processo de trabalho e sua racionalização em termos de custos, investimentos, rentabilidade, ativos, mercados, desempenho, etc. o empresário ou gestor irá considerar Recursos Humanos como um investimento inevitável.
Se, no passado, a visão mecanicista de Recursos Humanos desconsiderava a irracionalidade das pessoas, o desconforto emocional gerado por diferentes questões cotidianas, sejam elas no trabalho ou na vida pessoal, o presente, permeado pelas idéias sistêmicas e complexas nos levam, mais uma vez, ao conceito de saúde da pessoa que trabalha.
Definir saúde sempre foi considerada uma tarefa difícil. É mais fácil falar do que vem a ser a doença. A Organização Mundial de Saúde, define a saúde como sendo de ordem biológica – bem estar físico, psíquica – o bem-estar psicológico e