Psicologia na comunidade
Psicologia na Comunidade é uma expressão relativamente nova em nosso meio. Nela, a palavra comunidade vem sendo usada para designar a instrumentalização de conhecimentos e técnicas psicológicas que possam contribuir para uma melhoria na qualidade de vida das pessoas e grupos distribuídos nas inúmeras aglomerações humanas que compõem a grande cidade.
É um nome que procura captar um movimento da Psicologia atual de paulatino distanciamento do seu lócus tradicional.
É um movimento de aproximação do cotidiano das pessoas principalmente nos bairros e instituições populares onde a grande parcela da população vive, organiza-se e cria seus canais de expressão.
Essa busca de inserção da Psicologia na Comunidade parte da descoberta de que, nessas situações e lugares, a presença ativa dos conhecimentos psicológicos tem sido pouco freqüente.
É desse contato também que a Psicologia enquanto ciência procura renovar-se nos seus conteúdos, metodologia e técnica, tornando-se mais próxima de uma verdadeira Psicologia Social.
A Psicologia na Comunidade não foi criada para designar uma nova Escola de Psicologia nem uma nova teoria ou um novo “ismo” de moda. Representa uma guinada para uma nova forma de pensar e praticar a Psicologia, distinta da tradição dominante ate o final dos anos 50 deste século.
A Psicologia dos anos 50 isolava-se demais dos problemas coletivos do homem contemporâneo, encerrando-se numa torre de cristal da discussão meramente acadêmica e do atendimento a poucas pessoas da elite econômica. Pouco se preocupava por definir uma atuação das ciências sociais úteis para nossa época.
As correntes mais antigas definiram Psicologia Social como estudo de comportamentos instintivos: gregários, agressivos ou outras condutas e emoções ligadas a fatores genéticos e hereditários, e isoladas do contexto social mutável em que sempre reaparecerem.
Em contraposição a essa corrente instintiva, surgiram os experimentalistas,