Psicologia jurídica
“Somente quando o Direito deixar de negar que os atos e fatos objetivos passam pelo inconsciente ....poderemos estar mais próximo do ideal de justiça”
(Rodrigo da Cunha Pereira)
Na atualidade, a psicologia vem se preocupando em manter seu estatuto de cientificidade, enfatizando evidências empíricas (que decorre da experiência de cada um). A psicologia é uma só, porém se utiliza de várias linguagens, o que em alguns momentos causa diferentes compreensões sobre o assunto. Segundo Munõz Sabaté, a psicologia jurídica é uma disciplina ainda por construir. De um lado está o Direito, com sua principal característica: a impermeabilidade, que muitas vezes é paralelo ao método científico, de outro lado, está à recente Psicologia experimental científica. O Direito começou em Roma, séculos atrás, através do Direito Canônico, em 313 D.C. e a Psicologia é a ciência do século XX, portanto, a Psicologia não nasceu da ciência, ela veio mesclada com a Filosofia até a religião. A Psicologia tem um passado longo, mas com uma história recente, diferente do Direito, apesar da Psicologia e o Direito tratarem do comportamento humano. O Direito é o conjunto de regras que regulariza ou busca regularizar o comportamento humano e a Psicologia visa à compreensão do comportamento humano. Portanto há certa relação entre as duas faculdades, pois tratam do mesmo assunto. Hoje, alguns pensam, que o Direito por si só já é completa, que é uma ciência independente e que não precisa de outra, ou seja, pode-se desprezar qualquer ciência, porém, muitos juristas acham que a Psicologia e o Direito pertencem a mundos diferentes: a Psicologia, ao mundo do ser; o Direito, ao mundo do dever ser; a Psicologia assentada na relação de causalidade; o Direito, no princípio da finalidade. Este pensamento esquece que o homem é cidadão desses dois mundos e pertence a ele, do reino do ser e do dever ser. A pobreza das relações interdisciplinares