Psicologia jurídica - caso cadu
Histórico
Cadu para os amigos, Edu para os parentes. Aos 24 anos, Carlos Eduardo Sundfeld não estudava nem trabalhava. Teve uma infância complicada, a mãe – com distúrbios psíquicos, segundo a família – se separou do pai quando ele tinha 5 anos. Cadu foi morar com os avos em um bairro de classe média alta de São Paulo.
Frequentava os bares da moda, ia a baladas de Black music. Sempre estudando nas melhores escolas particulares, Cadu começou como bom aluno, mas na adolescência se tornou indisciplinado e deixou a escola com notas baixas. Foi aprovado no curso de artes visuais, chegou a cursar gastronomia e direito em Goiânia, mas não concluiu nenhuma faculdade, levando a família a ver tal fato com uma mera indecisão em relação ao seu futuro profissional.
Considerado por seus amigos como uma pessoa educada, seu comportamento não demonstrava transtorno mental. Segundo uma tia (que preferiu não ser identificada), Carlos Eduardo sempre foi muito carinhoso com os parentes, mas nunca teve namorada fixa e tinha tendências depressivas, se envolveu com drogas por volta dos 15 anos, à família sabia que ele era usuário de maconha. Às tentativas de levá-lo a um psiquiatra ou a uma clínica de internação, Cadu reagia com determinação e pavor. Dizia que não queria ficar com sua mãe, portadora de esquizofrenia. Na família, além da mãe, também uma tia-avó foi diagnosticada com esquizofrenia, seu pai se convence de que o filho herdou a doença.
Nos últimos três anos, Cadu vinha exibindo claros sinais de que estava sofrendo de distúrbios psíquicos, Esse período, segundo seu pai, Carlos Grecchi, coincide com o tempo que o filho começou a frequentar o Céu de Maria, igreja fundada por Glauco (cartunista) e pertencente à seita Santo Daime, que mistura elementos do cristianismo, espiritismo e umbanda e prega o consumo de um chá com efeitos alucinógenos como forma de "atingir o autoconhecimento e a consciência cósmica".
O comportamento de Cadu, diz