Psicologia Jurídica. Atuação do psicólogo na violência doméstica.
A atitude diferenciada é exigida do Psicólogo que atua neste contexto, pois por vezes, o profissional de saúde não preparado reproduz a situação de violência e vitimização vivenciada pela mulher, por exemplo, ao desqualificar a fala da mulher, ao adotar uma atitude de julgamento ou de indiferença e ao minimizar a situação de violência relatada.
Este profissional despreparado pode acabar minimizando o abuso, violando o sigilo, culpando a vítima, não respeitando sua autonomia, ignorando questões de segurança, e outras falhas.
Um trabalho qualificado, com uma devida Assistência Social e Psicológica, seria adequado, em um caso de agressão a mulher:
Validar a experiência da mulher agredida
Acreditar no depoimento e na situação da mulher, no conflito que ela relata.
Respeitar o sigilo.
Propiciar para que as entrevistas possam ser realizadas sem a presença de familiares ou do parceiro e em locais que lhe garantam uma privacidade.
Reconhecer a situação de vitimização
Reforçar a compreensão e mostrar que a violência doméstica não é culpa da mulher.
A mulher em situação de violência doméstica é, por vezes, encaminhada ao psicólogo sob o rótulo de um diagnóstico psiquiátrico. As pacientes são “poliqueixosas”, “histéricas”, “ansiosas”.
A primeira função do psicólogo é buscar conhecer a história de vida da paciente, para compreender a situação da mulher, ao invés de contribuir para a patologização ou psicologização da queixa da mulher.
A violência afeta a saúde mental, mas não deve ser considerada como uma questão meramente psicológica.
É importante lembrar que a violência doméstica é, ao mesmo tempo, um problema pessoal e uma questão sócio-cultural e que tem por base a questão de gênero.
A própria