PSICOLOGIA INSTITUCIONAL, segundo Bleger. Segundo Bleger, a Psicologia Institucional é um capitulo recente no desenvolvimento da Psicologia e ninguém pode, na atualidade, ostentar, nem se apoiar em uma vasta experiência. A Psicologia Institucional se insere tanto na história das necessidades sociais como na história da psicologia. Essa Psicologia não é um ramo da Psicologia aplicada, mas sim um campo da Psicologia que pode significar em si mesmo um avanço extraordinário tanto na investigação, como no desenvolvimento da psicologia como profissão. Como já vimos, a Psicologia Institucional caracteriza-se pelo âmbito e por seus modelos conceituais; dentro de sua estratégia inclui-se, como parte fundamental, o enquadrante da tarefa e a administração dos recursos. Um grupo é um conjunto de pessoas que entram em interação entre si, porém, além disso, o grupo é, fundamentalmente uma sociabilidade estabelecida sobre um fundo de indiferenciação ou de sincretismo, no qual os indivíduos não têm existências como tais e entre eles atua um transitivismo permanente. O grupo terapêutico se caracteriza também por estas mesmas qualidades, acrescido o fato de que um dos integrantes do grupo (o terapeuta) intervém com um papel especializado e predeterminado, mas isso (essa ultima função) se realiza sobre uma base na qual o terapeuta está envolvido no mesmo fundo de sincretismo que o grupo. Nessa descrição considera-se as limitações da linguagem e da organização do nosso pensamento conceitual para captar níveis muito diferentes de sociabilidade. Segundo o autor a organização se da através de um conjunto de organismos de existência física concreta, que tem um certo grau de permanência em algum campo ou setor especifico da atividade ou vida humana para estudar neles todos os fenômenos humanos que se dão em relação com a estrutura, as dinâmicas, funções e objetivos das instituições. Burgess menciona quatro tipos principais de instituições: