Psicologia hospitalar
Ao receber o convite de Amanda Santana, para discorrer a respeito do surgimento da Psicologia Hospitalar no Brasil e sua importância no contexto hospitalar, me senti honrado e feliz pela oportunidade de elucidar alguns paradigmas da minha profissão, afinal a Psicologia no âmbito hospitalar vem crescendo lentamente, sendo uma área muito nova.
Os primeiros Psicólogos Hospitalares iniciaram suas praticas em hospitais gerais em meados de 1950, ainda hoje são escassas as pesquisas sistemáticas sobre o tema e o contingente de profissionais atuantes em hospitais ainda é muito pequeno se comparada à grande demanda de pacientes e profissionais de saúde que precisam de atendimento. Apenas nas duas últimas décadas observa-se certo crescimento da área, com a formação de cursos de pós-graduação e de aprimoramentos em áreas especificas.
A visão holística de homem, doença e adoecer, trazendo a Psicologia uma grande importância, tendo em vista que seu objetivo é a subjetividade e no hospital muitas vezes a identidade da pessoa é deixada de lado. Se pararmos para analisar a área da saúde, veremos este fato com clareza, afinal quantas pessoas não passam a serem classificadas pelo número de seu quarto ou pelo nome da patologia que possuem? Quantas vezes não vemos um profissional da saúde esquecendo o Cuidador (acompanhante) que permanece sempre ao lado do paciente e muitas vezes é simplesmente invisível perante a equipe?
Na Psicologia não tratamos apenas aquelas doenças cujas causas são emocionais e psicológicas (Psicossomáticas). Nós Psicólogos lidamos com as emoções, sentimentos, pensamentos e relações do individuo.
Olhando por este angulo, buscamos entender quais aspectos psicológicos estariam envolvidos no adoecimento avaliando a situação que levou o sujeito a adoecer; analisando as relações do indivíduo a fim de entender como lida com frustrações, tensões, sentimentos e etc;
Quantas vezes já não ouvimos falar de pessoas que fizeram baterias de exames