Psicologia hospitalar
Introdução
A Psicologia ao ser inserida no hospital reviu seus próprios postulados adquirindo conceitos e questionamentos que fizeram dela um novo escoramento na busca da compreensão da existência humana. Apenas recentemente a prática institucional mereceu preocupação dos responsáveis pelos programas acadêmicos em Psicologia.
A Despersonalização do Paciente
O paciente ao ser hospitalizado sofre um processo de total despersonalização. Deixa de ter o seu próprio nome e passa a ser um número de leito ou então alguém portador de uma determinada patologia. Embora sem querer negar eu o passado de uma pessoa irá influir não apenas em sua conduta como até mesmo em sua recuperação física, ainda assim não cometemos erro ao afirmarmos que a situação de hospitalização será algo único enquanto vivência, não havendo possibilidade de previsão anterior à sua própria ocorrência. Pelo simples fato de se tornar “hospitalizado” faz com que a pessoa adquira novos signos que irão enquadrá-lo numa nova performance existencial e até mesmo seus vínculos interpessoais passarão a existir a partir deste novo signo. Seu espaço vital não é mais algo que dependa de seu processo de escolha. Seus hábitos anteriores terão de se transformar frente à realidade da hospitalização e da doença. Se essa doença for algo que o envolva apenas temporariamente haverá a possibilidade de uma nova restruturação existencial quando do restabelecimento orgânico, fato que, ao contrário das doenças crônicas, implica necessariamente numa total restruturação vital. O hospital, o processo de hospitalização e o tratamento que visa ao restabelecimento, salvo aqueles casos de doenças crônicas e degenerativas não fazem parte dos projetos existenciais da maioria das pessoas.
A Psicoterapia independente de sua orientação teórica tem como seus principais objetivos levar o paciente ao autoconhecimento, ao autocrescimento, e à cura de determinados sintomas.
A Psicoterapia é falha quando não existe