psicologia existencial
Profª Drª Daniela Ribeiro Schneiderii
O Existencialismo já foi moda nos anos posteriores ao pós-guerra (fim dos anos 40 até os anos 60 e 70) devido ao fato de sua filosofia valorizar a vida, as relações, a construção constante de novas possibilidades para a sociedade e para os sujeitos nela inseridos. Era exatamente o que o mundo precisava depois das décadas de destruição, de crises econômicas e políticas e de caos social. O
Existencialismo, enquanto uma filosofia da esperança, abria horizontes para o homem moderno.
As transformações sociais, econômicas, políticas continuaram e o mundo ganhou novos contornos contemporâneos. A moda existencialista passou e outras vieram em seu lugar, a fim de redefinir as matizes da realidade social e de suas ideologias. No entanto, diferentemente de outras modas voláteis, as sólidas contribuições dessa perspectiva filosófica e psicológica permaneceram atuais, na medida em que puseram em questão o cerne do mundo moderno. Retirado o ufanismo proclamado por uma certa geração em relação ao Existencialismo, ficaram a seriedade epistemológica, a rigorosidade filosófica, a perspectiva de uma nova psicologia científica, alicerces fundamentais para se construir uma sociedade mais justa e mais humana.
O Existencialismo tornou-se, assim, uma filosofia clássica, isto é, uma filosofia consolidada, referência obrigatória para qualquer um que queira pensar a realidade humana. Isto porque enfrentou o cerne da questão da modernidade, ao abordar em termos não metafísicos a problemática do conhecimento e fornecer substratos filosóficos para a ciência se firmar definitivamente como a racionalidade necessária para a investigação e o esclarecimento da realidade natural e humana.
Para tanto, realizou uma nova ontologia (teoria do ser da realidade) elaborada a partir da dialética da objetividade com a subjetividade; uma nova antropologia
(teoria do ser do homem), que enfatiza a relação