A psicologia do transito surgiu através da necessidade que as autoridades na década de 1940 a 1950 tinham de desenvolver e implementar medidas preventivas, para solucionar os sérios problemas de segurança e saúde, causados pelo surgimento de automóveis e caminhões . Medidas como a seleção medica e psicotécnica, com a finalidade de restringir o acesso ao volante de pessoas consideradas propensas para envolvimento em acidentes de transito. Nesse período limitava sua atuação a seleção de pessoal, orientação e instrução profissional, buscando encontrar indivíduos certos para conduzir trens e ônibus. Os exames psicotécnicos tornaram-se obrigatórios com o Decreto-lei n° 9.545, de 5 de agosto de 1946, mas somente entrou em vigor em 1951. Quando a profissão de psicólogo foi regulamentada em 1960, os profissionais que atuavam na avaliação psicológica para dirigir, já contavam com uma década de exames psicológicos. Em 1968 foi regulamentada a criação dos serviços psicotécnicos nos Detrans. Os departamentos de transito assumiram e ainda assumem uma função muito importante para expansão e institucionalização da psicologia no Brasil, porque abriram espaço para o trabalho dos psicólogos e mais recentemente credenciando profissionais e clinicas psicológicas terceirizadas, devido ao aumento da demanda da carteira de habilitação. A inserção dos departamentos de transito contribuiu também para que os psicólogos assumissem outras tarefas, expandindo seus campos de atuação, como : peritos capacitados em transito, elaboração de programas de reabilitação e educação dos motoristas infratores, ações para prevenir acidentes, pericia em exames para motoristas visando readaptação e tratamento a fobias ao volante. A atuação dos psicólogos do transito ainda esta muito vinculada somente aos Detrans, é importante lembrar que existe vida profissional fora dos departamentos de transito, o que mostra um desafio de continuar ampliando as atividades do psicólogo, de ocupar outros campos de