Psicologia do trabalho
Ninguém vive isolado e não se pode compreender o comportamento do individuo sem considerar a influência de outro. Estabelecemos relações onde há, naturalmente, uma intenção particular de cada uma das pessoas envolvidas, isso significa entrar em entendimento para que algum objetivo seja alcançado. A chegada ao objetivo depende então, necessariamente, desse relacionamento.
Todos nós vivemos e pertencemos a diferentes grupos: grupos de família, de trabalho, de clube, de futebol, entre outros.
Segundo Schutz apud Bergamini (1982) todo o indivíduo tem três necessidades interpessoais: Inclusão, Controle e Afeição e, ao associar-se a um grupo, cada pessoa irá passar por diferentes formas de atendimento de suas necessidades.
Bergamini (1982) distingue dois tipos de pequenos grupos: o sócio-grupo – aquele que se organiza e se orienta em função da execução ou cumprimento de uma tarefa; e o psicogrupo – estruturado em função da polarização dos seus próprios membros.
Kurt Lewin apud Bergamini (1982) considera que a dinâmica do grupo é determinada pelo conjunto de interações existentes no interior de um espaço psicossocial. O comportamento dos indivíduos é função dessa dinâmica grupal, independente das vontades individuais. Portanto, são elaborados quatro pressupostos:
A interação do indivíduo no grupo depende de uma clara definição de sua participação no seu espaço vital;
O indivíduo utiliza-se do grupo para satisfazer suas necessidades próprias;
Nenhum membro de um grupo deixa de sofrer o impacto do grupo e não escapa à sua totalidade;
O grupo é considerado como um dos elementos do espaço vital do indivíduo.
Numa época de mudanças organizacionais onde se verifica uma intensa busca por produtividade, rapidez, flexibilidade e comprometimento com os resultados, faz-se necessária cada vez mais, a potencialização do trabalho em equipe.
A compreensão do funcionamento e das manifestações dos grupos dentro das organizações passa a ser uma tarefa