Psicologia do Trabalho
Omnilateralidade se refere ao fenômeno de ruptura ampla e radical do homem considerado limitado da sociedade capitalista com este sistema, e esta ruptura deve atingir uma gama muito variada de aspectos da formação do ser social, portanto, com expressões nos campos da moral, da ética, do fazer prático, da criação intelectual, artística, da afetividade, da sensibilidade, da emoção, etc. Esse rompimento não implica, todavia, a compreensão de uma formação de indivíduos geniais, mas, antes, de homens que se afirmam historicamente, que se reconhecem mutuamente em sua liberdade e submetem as relações sociais a um controle coletivo, que superam a separação entre trabalho manual e intelectual e, especialmente, superam a mesquinhez, o individualismo e os preconceitos da vida social burguesa.
- Diferença entre formação educacional unilateral e formação educacional omnilateral:
Marx associa o que se pode chamar de omnilateralidade, que se opõe à unilateralidade burguesa, ao movimento do devir, das novas relações emancipadas. Aqui aparece mais uma vez com clareza a idéia da universalidade, termo com o qual o conceito de omnilateralidade estabelece uma relação de correspondência.
- Concepção de politécnica como formação educacional omnilateral diferente de politécnica como formação educacional unilateral:
A palavra omnilateralidade guarda relação com outro conceito marxiano importante para a reflexão a cerca da formação humana que é o de politecnia. O elemento fundamental de distinção entre os dois conceitos é justamente o fato de que a politecnia representa uma proposta de formação aplicável no âmbito das relações burguesas, articulada ao próprio momento do trabalho abstrato, ao passo que a omnilateralidade apenas se faz possível no conjunto de novas relações, no reino da liberdade.
- Reflexão do estudo do texto com outros estudos (conceitos) já trabalhados:
Omnilateralidade e Politecnia, apesar de apresentarem traços distintos,