Psicologia do trabalho
O LÍDER ENCANTADOR A partir de seu lema: “violência não é a resposta”, Monty Roberts consegue encantar a todos os que observam seu processo diferenciado de doma de cavalos. O respeito, a segurança que ele transmite ao animal são as principais ferramentas para que ele estabeleça o vinculo necessário para que o animal aprenda e reproduza o comportamento pretendido por ele, sem que o processo seja traumático para ambas as partes. Assim é a liderança, que deve ser considerada um relacionamento, uma reciprocidade entre líder e seguidores, nos planos social, simbólico, identitário e cultural de acordo com Davel e Machado (2001, p.108). Como líder, cabe a Monty Roberts ter a percepção necessária para interpretar os sinais corporais apresentados pelo cavalo. Esta leitura corporal é fundamental para avançar no processo da doma, pois se o animal continuar assustado e arisco o domador não consegue conquistar sua confiança e todo o trabalho realizado até o momento não terá feito sentido. Assim como no ambiente corporativo, muitas pessoas trabalham sobre tensão constante e esta gera uma grande carga de ansiedade, fazendo que o colaborador sinta-se oprimido, arredio e com medo da realidade que lhe espera, pois este também não conhece o líder que irá guiá-lo no processo de aprendizagem na empresa. Se este líder for autoritário, prepotente e impaciente este aspectos serão refletidos na equipe e esta talvez não consiga reproduzir o resultado esperado pela organização. A partir do momento que sentimos confiança e nos identificamos com este líder ocorre, como na doma de Monty Roberts, o momento do consentimento em que aceitamos este líder para nos conduzir e seguir. Mas cada individuo tem um tempo diferente de aceitação do processo, então entra novamente as características de liderança em ter paciência e persistência para conduzir a equipe de forma equilibrada e coesa e também reconhecer os sinais não verbais da aceitação da