O artigo promove uma releitura das questões éticas, enquanto Código de Ética Profissional do Psicólogo e os demais no âmbito da Psicologia do Esporte. A palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter. Ética é diferente de moral, pois moral se fundamenta na obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos e a ética, busca fundamentar o modo de viver pelo pensamento humano. Na filosofia, a ética não se resume à moral, que geralmente é entendida como costume, ou hábito, mas busca a fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de viver; a busca do melhor estilo de vida. A ética abrange diversos campos, como antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, política, e até mesmo educação física e dietética. A ética pode ser confundida com lei, embora que, com certa freqüência a lei tenha como base princípios éticos. Porém, diferente da lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; mas a lei pode ser omissa quanto a questões abrangidas pela ética. A atuação do psicólogo está pautada em um código de ética que é mais que um código de conduta, porque nos fala de um espírito político envolvido na atuação profissional e da responsabilidade que o psicólogo tem com o desenvolvimento da cidadania dos sujeitos e com a promoção da saúde (Luccas, 2000, p. 70). Já o esporte é hoje um fenômeno influenciado por inúmeros interesses, regidos por regras próprias conforme o momento e o lugar onde ele se dá. Isso tem levado, por exemplo, a inúmeras interpretações do conceito de fair play, um tipo de código de ética esportivo não formalizado, e a uma indefinição da melhor conduta esportiva do atleta tanto em situações de treinos como de competições. Fair Play significa jogo justo, em português, e significa jogar limpo, ter espírito