Psicologia do desenvolvimento
A Psicologia do Desenvolvimento estuda a evolução da capacidade perceptual e motora das funções intelectuais, da sociabilidade e da afetividade do ser humano. Descreve como essas capacidades se modificam e busca explicar tais modificações.
1. Concepções de Desenvolvimento: Correntes Teóricas e Repercussões na Escola
A Concepção Inatista: O indivíduo já nasce com todas as suas características psicológicas formadas; Cada criança é um adulto em miniatura. O papel do ambiente (e, portanto da educação e do ensino) é tentar interferir o mínimo possível no processo do desenvolvimento espontâneo da pessoa e aprimorar um pouco aquilo que ela é, ou, inevitavelmente, virá a ser. O ditado popular “pau que nasce torto morre torto” expressa bem a concepção inatista que ainda hoje aparece na escola camuflada sob o disfarce das aptidões, da prontidão e do coeficiente de inteligência. Tal concepção gera preconceitos prejudiciais ao trabalho em sala de aula.
A Concepção Ambientalista: Atribui um imenso poder ao ambiente no desenvolvimento humano. Essa posição, defendida pelo psicólogo norte-americano B. F. Skinner, preocupa-se em explicar os comportamentos observáveis do sujeito, desprezando a análise de outros aspectos da conduta humana como o seu raciocínio, os seus desejos e fantasias, os seus sentimentos. Essa teoria afirma que o comportamento humano pode ser modelado ou manipulado com o uso de “punições” ou “reforços” e que, por isso, a aprendizagem de uma pessoa é o resultado do contato com os estímulos que reforçaram ou puniram seus comportamentos anteriores. A introdução de teorias ambientalistas na sala de aula teve o mérito de chamar a atenção dos educadores para a importância do planejamento de ensino. Entretanto, os efeitos nocivos na prática pedagógica foram muitos, pois deu-se muita ênfase na tecnologia educacional e deixou-se de lado a preocupação em explicar os processos através dos quais a criança raciocina e que