Psicologia do desenvolvimento infantil

Através dos comportamentos fantasiados as crianças fornecem-nos, continuamente, informação valiosa. Podemos observar as suas ações, as suas palavras, o seu estilo, os seus sentimentos e as suas interações de forma a compreender os seus comportamentos. Como os sintomas são maioritariamente manifestados através de comportamentos espontâneos, a observação é uma ferramenta que deve ser particularmente bem adaptada na procura de informação dos problemas emocionais com os quais as crianças se confrontam. Existem dois passos fundamentais que envolvem a recolha de informação das crianças: observação e interpretação. A observação envolve o registo/anotação dos factos objetivos que podem ser recolhidos do comportamento da criança em vários contextos. A interpretação envolve a escolha de explicações para o porquê de as crianças se comportarem de formas específicas. Os profissionais devem evitar basear-se em palpites ou julgamentos infundados na exposição de razões para os padrões de comportamento das crianças; uma forma de reunir informação mais fidedigna é através do comportamento diretamente observável. No entanto, é necessário ter em atenção que existem pressupostos inerentes ao profissional que podem colocar em causa a informação recolhida e a sua interpretação. A maioria das pessoas tem o potencial de se tornar num bom observador, particularmente os profissionais com vários anos de experiência com crianças. Ao longo dos anos de prática, os observadores tornam-se mais eficazes quando são capazes de se manter imparciais, impercetíveis, discretos, interessados e motivados, mas de uma forma não intrusiva. Uma das formas de observação mais utilizada pelos profissionais é a recolha de dados através da brincadeira e do conto de histórias. Informações obtidas a partir e sobre as crianças através da sua forma de brincar é cada vez mais utilizada por profissionais envolvidos com crianças e as suas famílias. O uso de jogos é útil para aprender sobre as crianças em três formas. A