psicologia de vigotsky
Na teoria de Piaget, o começo do conhecimento é a ação do sujeito sobre o objeto, ou seja, o conhecimento humano se constrói na interação homem. Conhecer consiste em operar sobre o real e transformá-lo, a fim de compreendê-lo, é algo que se dá a partir da ação do sujeito sobre o objeto de conhecimento. As formas de conhecer são construídas nas trocas com os objetos, tendo uma melhor organização em momentos sucessivos de adaptação ao objeto. Segundo FARIA (1998), os esquemas são uma necessidade interna do indivíduo. Os esquemas afetivos levam à construção do caráter, são modos de sentir que se adquire juntamente às ações exercidas pelo sujeito sobre pessoas ou objetos. Os esquemas cognitivos conduzem à formação da inteligência, tendo a necessidade de serem repetidos (a criança pega várias vezes o mesmo objeto). Entender como o homem desvenda o mundo, como interage com ele, como elabora ideias que o auxiliam a ser um construtor de seus habitat sempre foi motivo de pesquisa entre pesquisadores, cientistas e filósofos e entre eles se destaca Jean Piaget.
Wallon analisa as origens do conhecimento na criança, apresenta duas particularidades do pensamento infantil: a ausência do pensamento reflexivo, que configura a capacidade de pensar o próprio pensamento, e a ausência de tomada de posição, que configura a capacidade de assumir um ponto de vista. Wallon afirma que o pensamento infantil é "fluido" pelo menos sob dois aspectos: o da oscilação entre hipóteses contraditórias e o da interferência mútua entre linguagem verbal e imagem. A contradição é um princípio importante na teorização de Wallon sobre o pensamento e a linguagem na criança. "(...) o princípio de contradição é posterior às estruturas elementares que põem a consciência diante das representações" (Wallon, 1989, p. 95). Wallon observa que a criança recebe de seu meio uma palavra e lhe atribui um significado que