Psicologia das multidoes
Sua obra sobre psicologia de multidões tornou-se importante na primeira metade do século XX, para descrever as reações de grupos subordinados da sociedade europeia recém-industrializada. Sua obra teve bastante influência no livro Psicologia de Grupo e a Análise do Ego de Sigmund Freud.
O livro Psicologia das multidões de Le Bon traz de forma inovadora para a época o estudo do comportamento humano quando inserido em multidões, como o próprio autor define “pelo simples fato de fazer parte de uma multidão, o homem desce, pois, vários degraus na escada da civilização, sozinho talvez seja um individuo cultivado, em multidão é um instintivo, por consequência, um bárbaro p.27 ”, inovador pois os demais autores da época não focavam na análise de causa-raiz da formação das multidões e somente nas consequências criminosas geradas por elas.
Em seu estudo, o autor cita algumas qualidades das multidões, entre elas está a moralidade elevada devido ao conjunto dos seguintes sentimentos: a abnegação, o desinteresse, o sacrifício de si próprio e à necessidade de justiça, entretanto outros psicólogos da época que realizaram estudos semelhantes, atribuíram a essas moralidade muito baixa em função dos resíduos de instintos primitivos do ser humano.
O autor conclui que a multidão é sempre intelectualmente inferior ao homem isolado, pois ele explica a capacidade do homem quando integrado a multidão, de abrir mão de benefícios próprios em troca de um beneficio comum. Mas do ponto de vista dos sentimentos e dos atos que esses sentimentos provocam ela pode ser pior ou melhor conforme as circunstâncias. Tudo depende da maneira como é a multidão sugestionada. As multidões são frequentemente criminosas, sem duvida, mas