Psicologia das massas
1. Introdução
A Histeria, considerado uma manifestação tipicamente das mulheres em seus momentos de extrema irritação ou elevado stress. O termo escapou, há tempos, do âmbito da medicina e passou ao uso popular. É habitual xingar alguém de histérico. Essa manifestação cultural separa a histeria doença, da histeria clínica interferindo na maneira de se conduzir um diagnóstico da doença por leigos e até por profissionais, os quais podem ver isto como malandragem de quem apresenta tal sintoma.
A histeria é uma psiconeurose cujos conflitos emocionais que surgem na forma de separação mental entre o consciente e inconsciente, manifestando através de sintomas físicos, independentemente de qualquer patologia, quando o recalcado é manifestado num sintoma físico. Independente da crendice popular é um sintoma que tanto se manifesta em mulheres como nos homens guardando as suas manifestações libidinosas.
O estudo sobre histeria vem desde a Antiguidade e o termo originou-se do grego, hystéra, que significa útero. Uma antiga teoria sugeria que o útero vagava pelo corpo e a histeria era considerada uma moléstia especificamente feminina, atribuída a uma disfunção uterina, e são mais comumente observados na adolescência.
Jean Martin Charcot (1825-1893), um eminente neurologista francês, defendia a histeria como uma doença como sintoma bem definido e empregava a hipnose para estudá-la, e demonstrou que idéias mórbidas podiam produzir manifestações físicas.
A histeria também foi a principal doença investigada por Freud que em colaboração com Breuer, começou a pesquisar os mecanismos psíquicos da histeria e postulou em sua teoria que essa neurose era causada por lembranças reprimidas, de grande intensidade emocional. Ou seja, Freud detectou que os fenômenos da histeria ocorriam quando uma grande carga de afeto ou emoção era recalcada.
O médico vienense, que também estudou muito sobre a histeria, adotava a hipnose para acabar com os sintomas. Através desta técnica