Psicologia das massas e análise do ego
Freud (1920) começa a refletir sobre os fenômenos grupais, sociais que se sucederam na época da primeira guerra mundial. Em 1921 Freud publica a tese de psicologia de grupo e análise do ego, da qual tem como base teórica o totem e tabu, artigos sobre narcisismo e da “luta e melancolia”, e reflexões sobre o hipnotismo e sugestão. O objetivo principal da discussão desse tema volta-se para a relação entre psicologia de grupo e as possíveis alterações que acontecem na psicologia da mente individual. Há muito estudo das estruturas anatômicas da mente, principalmente análise do ego. Freud diz que não há um sujeito individual e um sujeito social, ele diz que o que existe é um sujeito que com toda a sua individualidade, sua subjetividade, está inserido em contexto cultural, histórico e épico, assim torna-se um sujeito sócio-histórico, já que o indivíduo procura satisfazer seus impulsos, em meio às suas relações interpessoais.
O autor continua, postulando que o que se contrapõe ao social é o narcisismo, e que por meio dele que o Eu sofre pouca ou nenhuma influência do outro. Também, a forma de agir de um indivíduo dentro de um grande grupo, é uma forma instintiva de agir que se difere da natural, porque só emerge quando o indivíduo esta em grupo, isso é denominado Instinto Social. Antes de Freud explicar a sua teoria de psicologia de grupo, ele se foca em duas descrições de psicologia de grupo para então fazer suas considerações sobre o tema. As duas teorias são a de Le Bon e a de McDougall.
Le Bon diz que em certas circunstâncias, os princípios éticos de um grupo podem ser mais elevados que os dos indivíduos que o compõem, e que apenas as coletividades são capazes de um alto grau de desprendimento e devoção. O autor afirma que o interesse pessoal de um indivíduo é a única força motivadora para a pessoa, ao passo que o contrário ocorre nos grupos, onde essa força é raramente relevante. Outros autores indicam que