Desde o século XVIII ate o século XIX, percebe-se uma mudança no que diz respeito à ordem juridico-politico por conta do iluminismo, da reforma protestante, da revolução francesa e do desenvolvimento do sistema capitalista de produção. Um aspecto que deve ser ressaltado refere-se às mudanças no plano de pensamento, dando efeitos nas transformações sociais em curso, associados à própria evolução das ciências, ressoando nas idéias filosóficas. Com isso, passa-se a indagar constantemente “o que e o ser?”, “como podemos nos assegurar que o conhecimento que temos das coisas e verdadeiro, e não falso?” em meio a essa discussão, duas correntes de pensamentos se destacam: o racionalismo e o empirismo. Alguns pensadores como René Descartes (1596 – 1650), Gottfried Wilhelm Leibniz (1646 – 1716) e Baruch Spinoza (1632 – 1677) enfatizava que o conhecimento da realidade e apriorístico, ou seja, seria anterior e independente das experiências em nosso contato com o mundo, ou seja, o racionalismo nos capacita a conhecer e gerar idéias como se fosse inato. Já o empirismo defende justamente o contrario tudo que conhecemos deve-se as essas experiências e estimulações, assim John Lucke (1632 – 1704) defendia que a mente devia ser entendida tal como uma “tabua rasa” – ou “folha de papel em branco” – onde seriam expressas todas as nossas idéias e conhecimento, a partir de nossas experiências. Outro ponto que vale salientar e a mudança observada na própria concepção de homem. A modernidade implica um radical deslocamento na perspectiva de entendimento do homem e do mundo, ela destitui Deus tirando sua autoridade e “esvaziando” o discurso divino, a verdade religiosa, revelado pelos antigos e pelo novo testamento, expressos e atuantes através dos dogmas cristãos, pondo em seu lugar outro regime de verdade, outro discurso, uma nova ordem, o antropocentrismo, o grosso modo, situa o homem como centro do universo, nesse caso, isto implica em situar a razão do homem como