Psicologia da educação II
Na escola Maria Clara é muito ativa e atenta a lições, mas não são raros os momentos em que ela não colabora com a disciplina da turma. Geralmente sua rebeldia consiste em sair da sala sem permissão para brincar no parque ou ficar na quadra, mesmo que sozinha.
Em uma tarde a professora pediu para que eles desenhassem dois “caipirinhas” para festa junina, um seria a menina, e outro o menino, a aluna estava as voltas na quadra e pouco depois entra na sala de aula. Diante da duvidas que as crianças demonstraram sobre as características que deveriam desenhar, como cor da pele, cabelo, se tinha que ter barba ou não, a professora simplifica explicando para desenhar a menina conforme a mamãe e o menino conforme o papai. Maria Clara exclama “eu não tenho pai.”
A professora estranha, já que conhece o pai de Maria Clara, e diz que sim ela tem pai. A menina confirma e começa a desenhar. Cerca de cinco minutos depois, na mesa que ela divide com seus colegas, inicia uma briga por causa de um giz de cera que Maria Clara pegou apenas para ela. A professora para resolver exige que Maria Clara divida o giz. Maria Clara grita muito alto para a professora: “Não vou devolver o giz, não é justo, porque eu queria, eu queria.... Meu pai vai vir aqui e vai brigar com você, ele é mais forte que você, ele é homem.”
A professora retruca dizendo que sua mãe brigará com ela, pois escreverá uma advertência em sua agenda. E mais afirma que ela está sendo machista, que os homens e mulheres são iguais. A menina continua repetindo que seu pai virá, pois é mais forte, junto com uma leva de xingamentos. A professora acaba