Psicologia da Aviação
Os avanços tecnológicos e a inserção de dispositivos de automação nas aeronaves e em outros postos de trabalho correlatos trouxeram uma outra preocupação: a participação do erro humano nos incidentes e acidentes aéreos. Não seria necessário citar aqui a estatística que atribui ao fator humano a causa, ou parte da causa de 70 a 80% dos acidentes aeronautas. Foi para melhor entender esse fenômeno que a Psicologia muito tem contribuído, juntamente com outras ciências, na formação de um corpo de conhecimento interdisciplinar para auxiliar a indústria aeronáutica.
Uma outra aplicação da psicologia na área da aviação é em resposta direta à norma da ANAC que recomenda que as empresas aéreas tenham uma equipe preparada para atuar em situações de emergência relacionadas a desastres, traumas e luto traumático, prestando assistência a família dos passageiros vitimados em desastres aéreos, o Brasil é o segundo pais do mundo a ter uma medida nesse sentido, sendo o primeiro os EUA. Essa equipe deve oferecer atendimento psicológico especializado para situações de crise, catástrofe, emergências e luto, nos diferentes âmbitos de necessidade dos envolvidos, visado uma ação preventiva em situações de estresse pós-traumático e de luto traumático.
A experiência mostra que por mais que se escrevam e leiam manuais e se apliquem regras, se não houver características humanas e pessoais, então se tratará apenas da execução de mais uma tarefa, que até pode ser corretamente realizada mas no entanto não terá alma e sem alma não há fator humano que possa se manifestar.