Psicologia clínica - primeiro contato
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O contato, como cita Raymundo, significa o “exercício do tato, com vistas ao toque dentro de uma relação de influência e proximidade”. Desse modo, percebe-se que é o primeiro toque e é por meio dele que se procura criar um ambiente de segurança e tranquilo para que o paciente se sinta a vontade em compartilhar seus conflitos. Cabe ao psicólogo, primeira e primordialmente, olhar para o paciente livre de críticas, menosprezo ou desvalia. É por meio desse contato que se pode descobrir as reais motivações que trouxeram o paciente a procurar a clínica ou ser encaminhado, já que tais motivações nem sempre são o motivo da busca/encaminhamento. Além disso, o contato permite identificar a totalidade do paciente em questão e esse processo se dá desde o primeiro contato até o momento final da terapia. Dentro do contexto clínico, um item básico que pode funcionar como ponto de partida é o exame do estado mental do paciente. Tal procedimento tem por objetivo documentar se as principais alterações no comportamento envolvem sinais ou sintomas nas áreas: atenção, sensopercepção, memória, orientação, consciência, pensamento, linguagem, inteligência, afetividade e conduta. Esse processo é importante ao revelar um caminho a ser trilhado pelo clínico, já que se realmente houver alguma alteração, esta pode ser importante de ser investigada. Assim, a partir do contato é que se tem acesso a história do examinado. A história pessoal procura a reconstrução global da vida do paciente. É por meio dessa história que o quadro atual ganha significação e, além disso, é importante no sentido em que dá acesso ao conhecimento de quando ou o motivo da emergência dos sintomas ou de mudanças comportamentais e a evolução até o momento presente. E, ainda mais, o levantamento da história clínica traz a luz as queixas e até certo ponto o motivo da consulta. Desse modo, o psicólogo pode fazer uso desses três recursos – o contanto, exame do estado mental e a história pessoal - com o a finalidade