Psicologia: ciência e profissão
versão impressa ISSN 1414-9893
Psicol. cienc. prof. v.21 n.2 Brasília jun. 2001
Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S1414- 98932001000200003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt
Eu quero ajudar as pessoas: a escolha vocacional da psicologia Mauro Magalhães*, I; Márcia StraliottoI; Márcia Keller**, I; William B.
Gomes***, II
I
Universidade Luterana do Brasil - ULBRA
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
II
RESUMO
Neste estudo, 146 alunos no primeiro ano do curso de Psicologia, em duas universidades, uma particular e outra pública, do Estado do Rio Grande do Sul, falam sobre a escolha da psicologia como profissão, através de entrevistas e questionários. A interpretação dos depoimentos sugere um perfil do estudante de psicologia e mostra o impasse vocacional do campo, caracterizado pelo distanciamento entre a profissão e os problemas contemporâneos.
Palavras-chaves: Psicologia, Escolha profissional, Brasil.
ABSTRACT
In this study, 146 freshmen psychology students from two universities, one public and the other private, in the state of Rio Grande do Sul, respond to interviews and questionnaires about their choice of psychology as a profession. The interpretation of the reports suggests a profile of the psychology student and shows the vocational predicament of the field, characterized by the distancing between the profession and contemporary problems.
Keywords: Psychology, Vocational choice, Brazil.
O fato de que, sob determinadas condições, o ser humano é capaz de ajudar seu semelhante, foi repetidamente evidenciado ao longo da história da humanidade. As sociedades institucionalizaram esta capacidade em uma variedade de ocupações que tem sido denominadas “profissões de ajuda” (Guggenbühl-Craig, 1998).
Neste sentido, “Eu quero ajudar as pessoas”, é uma assertiva reiterada entre os candidatos à profissões tais como o serviço social, a