Psicologa

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As questões que concernem ao luto vêm despertando a atenção de estudiosos, pois se faz presente no cotidiano, principalmente no que concerne a internação, quando se presencia a morte de um ente querido - um objeto amado. Esta situação envolve sentimentos aos quais não se está preparado para lidar, a perda geralmente é sentida como uma situação irreparável com sentimento de profunda tristeza. De acordo com o desdobramento da pesquisa, serão feitos questionamentos que poderão ajudar no entendimento da dificuldade que envolve o trabalho do luto. Segundo Bowlby (1998) “a reação do enlutado dependerá da intensidade do relacionamento que os mesmos vivenciavam e as circunstâncias as quais aconteceram essa morte”.
Durante o século XX o movimento de cuidados paliativos trouxe de volta a possibilidade de reumanização do morrer, opondo-se a idéia da morte como inimigo a ser combatido a todo o custo; ou seja, a morte volta a ser vista como parte do processo de vida, e no adoecimento, os tratamentos devem visar à qualidade dessa vida e o bem- estar da pessoa, mesmo quando a cura não é possível (Kovács,1992).
O desenvolvimento da elaboração do luto envolve caminhos difíceis de serem percorridos. Compreender a morte e chegar a um “acordo” com ela leva o sujeito a passar por trajetórias emocionais significativamente dolorosas. Até o momento final da aceitação da morte, cada pessoa passa por muitos percalços, marcados por avanços e recuos. Em especial com o paciente oncológico: “(...) o ser com câncer é uma unidade biopsicossocial substancial indivisível, indissolúvel e primária” (CAMON, 2002), pois ao ser internado surgem as fantasias, o medo e a ansiedade frente à internação, à doença e à morte.
Historicamente, o câncer é visto como uma doença que leva fatalmente à morte. Apesar dos enormes progressos da medicina nas últimas décadas em relação ao tratamento do câncer, como procedimentos cirúrgicos e farmacológicos e o advento da radioterapia e da quimioterapia, ainda assim ela

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