Psicologa e terapeuta psicomotora e ensino universitario
- AS MIDIAS E O MUNDO VIRTUAL -
Suzana Veloso Cabral
Psicóloga e Psicomotricista clínica
Em primeiro lugar, antes de abordar o tema da criança na atualidade, devo confessar que eu sou uma aficionada da informática e da Internet, além da TV a cabo. Somente os vídeos games não me atraem, apesar de às vezes jogar no celular.
Acredito que a virtualidade faz parte dos novos paradigmas que vêm provocando mudanças no processo de aquisição de conhecimentos que norteia a educação em nossos tempos e até mesmo o viver em sociedade.
Na atualidade há uma realidade radicalmente diferente daquela a que estávamos acostumados, e acredito que nós profissionais que trabalhamos com a criança temos que acompanhar esse novo mundo de realidade da mídia e da virtualidade. Por isso considero importante participar dos processos audiovisuais e da informática para falar do que vejo como novos paradigmas do conhecimento e da educação.
Os educadores e os pais precisam estar atentos ao crescimento das crianças e ao seu mundo diante das telinhas da TV ou computador a que tem acesso em seu quarto ou na sala de casa, ou que carregam consigo como as novas gerações de Ipod, Iphone, Laptops, Tablets, MP3, MP4, e também vídeo games portáteis, ou até mesmo celulares de última geração.
É a TV o elefante branco em nossa sala?
Uma telinha que tem provocado, desde a segunda onda de Toffler, a imersão da criança em um mundo imaginário violento é a da TV aberta, ou a cabo, com seu noticiário da atualidade, seus filmes e desenhos animados.
Segundo os dados do Ibope Media Workstation, as crianças brasileiras ficaram, no ano de 2010, 05h04min assistindo a TV. O tempo excessivo que os pequenos passam na frente da tela estimula maus hábitos relacionados ao consumismo, sedentarismo e dificuldades de sociabilidade. Menos tempo para brincar, bater papo e ler. Mais tempo como receptores de mensagens audiovisuais que, não raro, estimulam o consumo exacerbado.