Psicodiagnostico Tradicional e Interventivo confronto de paradigmas
Psicologia: Teoria e Pesquisa. Jul-Set 2010, vol. 26 n. 3, pág. 505-513.
O texto da autora mostra a importância da atividade diagnóstica por garantir o status científico por empregar instrumentos que atendem exigências de padronização e por constituir a identidade do profissional capacitado para aplicação exclusiva de testes psicológicos.
A autora define importantes diferenças entre essas duas práticas, em termos de seus fundamentos epistemológicos e metodológicos. Para tanto, nos trouxe um análise sobre paradigma quantitativo e qualitativo. O primeiro, descrito como sistematizado com uma série de passos sucessivos e organizados. O segundo, não se subentende uma padronização de procedimentos, ou seja, via a compreensão, a busca pelo sentido vivido pela experiência do participante.
O Psicodiagnóstico Tradicional é definido como processo com tempo limitado, com o emprego de técnicas psicológicas que buscam a compreensão dos problemas, avaliação, classificação e previsão do trajeto do caso, os quais seguem as seguintes etapas: entrevista inicial, aplicação de testes com sequência específica, entrevista devolutiva e se houver necessidade encaminhar para outra área. O objetivo central seria o diagnóstico, portanto as intervenções terapêuticas são consideradas perigosas nesse momento podendo prejudicar o vínculo com o profissional e provocar o abandono pelo paciente por conta da ansiedade.
O Psicodiagnóstico Interventivo busca a compreensão da personalidade, instrumentalizado pelas técnicas projetivas e a entrevista clínica. Com o objetivo de esclarecer o significado e as origens das perturbações, ênfase na dinâmica emocional do paciente e de sua família, seleção de aspectos centrais, o processo clínico recebe destaque frente ao diagnóstico. Dessa maneira, a análise pelo método de livre inspeção contribui para a compreensão da singularidade pessoal o que possibilita a geração de