Psicodea

2926 palavras 12 páginas
1. Introdução

Existem profissões cujos elementos carregam o mesmo estigma da Invisibilidade Social, tais como lixeiros, garis, faxineiras, seguranças, frentistas, garçons, cobradores de ônibus, etc. Trabalhadores que executam tarefas como essa, imprescindíveis à sociedade moderna, mas assumidas como de categoria inferior pelos mais variados motivos, geralmente não são nem percebidos como seres humanos, e sim apenas como “elementos” que realizam trabalhos a que um membro das classes superiores jamais se submeteria. No mercado brasileiro, o emprego formal sem­pre conviveu com outras formas de trabalho, como a subcontratação, o trabalho por empreitada e o trabalho em domicílio.
A invisibilidade social está presente em nosso dia a dia mais do que imaginamos ou queremos admitir. Sendo assim, de acordo com Lemos, Carvalho e Souza (2014) este termo é utilizado para traduzir o comportamento da sociedade perante profissionais que exercem funções desprovidas de status, glamour, reconhecimento social e adequada remuneração.
O presente Trabalho fruta de uma “experiência etnográfica”, que tem por finalidade relatara a minha experiência de uma imersão total no cotidiano de trabalho em uma profissão "subalterna e não-qualificada", como é a de auxiliar de serviços gerais de limpeza, atuando nas dependências do complexo Ford nordeste, trazendo assim uma reflexão acerca do qual e o real lugar destas pessoas dentro de nossa sociedade dita igualitária.

2. Desenvolvimento

A invisibilidade social é um tema novo que está relacionado às pessoas que exercem profissões desprovidas de status, glamour, reconhecimento social e adequada remuneração. Os preconceitos são dificilmente dissipados, os estereótipos não são enfraquecidos, pois, para MOSCOVICI (apud SÊGA, 2000), não existe nada na representação que não esteja na realidade, exceto a representação em si.
O Psicólogo e pesquisador Fernando Braga da Costa no livro "HOMENS INVISÍVEIS: RELATOS DE UMA

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