Psico love
I – Identificação[1] Cliente: Catarina Filiação: Pai – A. G. O. Prof.: Mecânico Mãe – I. A. O. Prof.: Lavadeira de roupas Idade: 23 anos Sexo: feminino Estado civil: Solteira Escolaridade: 3º grau incompleto (Letras) Profissão: Técnica de secretariado de um centro de idiomas Renda pessoal: 400,00
II – Atendimento Catarina tem pele clara e olhos castanhos, veste calça jeans, tênis e camiseta branca com emblema de seu trabalho, porta sempre uma mochila de aparência pesada e livros de uma biblioteca. C. começa o diálogo, falando que já fez psicoterapia antes, pois sentia-se angustiada; resolveu voltar porque essa angústia não passa e está com problemas em falar inglês. Segue um dos diálogos da consulta:
C: Eu não consigo entender o porquê não estou falando inglês fluentemente, sábado fiz prova de interpretação e listening, fui muito mal. Eu faço inglês há seis anos e ainda tenho dificuldades, não consigo falar bem, eu entendo, mas não sei falar fluentemente. Minha amiga diz que não consigo falar por que não tenho confiança em mim, ela diz que fico com medo de falar errado e não falo. Psicóloga: e o que você acha da idéia da sua amiga? C: (risos). Eu to tentando confiar mais em mim, mas eu tento falar, interpretar e não consigo. Psicóloga: como é interpretar e não conseguir? C: Sei lá, eu estudo, me dedico, mas chega na hora não sai nada. Eu fui fazer “speed” (explicar um tema em inglês), falei tudo que pensei em falar, mas falava e parava, engasgava com palavras simples tipo “stars, book, country”. As pessoas pareciam que não estavam entendendo nada do que estava falando e olha que estava falando de algo muito simples. Psicóloga: Alguém disse que não entendeu? C: (risos). Não, mas parecia que todos estavam pensando “ela não sabe falar inglês”, “ela não sabe falar corretamente”. Fiquei com vontade de