Psicanálise
Indira Feitosa Siebra de Holanda indy_siebra@hotmail.com Julho/2013
1. INTRODUÇÃO:
A presente crônica discorre a respeito da relação mãe-bebê e trabalha com alguns conceitos relacionados à formação do vínculo. Para esta compreensão, serão abordados aspectos referentes à gestação ao parto, puerpério e, ao conceito de Winnicott (1956) sobre a ‘preocupação materna primária’, no âmbito físico e emocional, bem como algumas ideias básicas de alguns autores dedicados ao estudo da relação mãe-bebê.
A relação mãe-bebê e o vínculo materno-infantil são bastante reconhecidos em virtude da relevância para o desenvolvimento emocional, social e cognitivo saudável da criança ao longo de toda a sua vida. A formação do vínculo mãe-bebê é essencial na infância, a autores que referem esse período como o mais importante na constituição do sujeito. A atitude emocional da mãe orienta o bebê, conferindo qualidade de vida à sua experiência e servindo como organizador da sua vida psíquica, por possibilitar identificações que poderão influenciar seu desenvolvimento a posteriori (Spitz, 1996; Maldonado, 2002). Sendo assim, é de fundamental importância compreender esses momentos iniciais para a formação do vínculo mãe-bebê, considerando que essa relação começa a ser estabelecida desde o período gestacional, ou, indo mais longe, desde o momento em que a mulher deseja ser mãe.
Para Winnicott (1956), a relação entre a mãe e o bebê é entendida como uma condição absolutamente necessária para o desenvolvimento do ser humano. No desenvolvimento de todo e qualquer bebê se sucedem processos complexos, e a falha em um desses processos, pode provocar o adoecimento do mesmo. Dentre os fatores que podem ocasionar o adoecimento futuro do bebê, podemos falar do não oferecimento de condições viáveis de desenvolvimento da mãe para o bebê. Esse ambiente inadequado de desenvolvimento é derivado de uma falha materna gerada pela ruptura na relação entre