psicanálise e cinema

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Psicanálise e Cinema apresentam uma relação íntima que tem sido reconhecida há algum tempo. Isso se deve muito provavelmente ao fato de a leitura psicanalítica poder iluminar o significado de um filme. Através da teoria da clínica psicanalítica pode-se desvendar o que está acontecendo na tela. Certamente, ao se realizar esse trabalho não se pretende chegar a uma leitura definitiva, ou seja, não se propõe encontrar uma verdade absoluta. Pretende-se, sobretudo, ampliar as possibilidades de interpretação de alguns episódios.
Assim como com todas as formas de arte, através do contato com o cinema também conhecemos um pouco de nós mesmos. De certa forma o filme revela a linguagem do inconsciente e tem se tornado uma fonte vastíssima para o conhecimento e estudo das imagens psicológicas do nosso tempo. Assistir a um filme e interpretá-lo tem para a audiência contemporânea a mesma utilidade que a tragédia teve para os gregos por cinco séculos.
A tragédia não só produzia catarse, mas também criava uma oportunidade de unir a audiência a sua cultura, através de dimensões mitológicas. E assim da mesma maneira que Aeschylus ou Sophocles proveram uma conscientização para os cidadãos de Athenas, pode-se dizer que os cineastas despertam nossa capacidade crítica não só em relação ao nosso meio, mas também em relação a nós mesmos.
Eu acredito, que nesses encontros em que apontamos nossos olhares para o Cinema e o comentamos podemos estar vivendo uma experiência similar. Essa experiência de assistir um filme, pensar e conversar com a audiência sobre ele abre um espaço para a própria mente exercitar movimentos. Nesse processo podemos nos identificar, de maneira prazerosa ou não, com os sentimentos apresentados, conhecendo e desvendando nossos próprios mitos pessoais e os do nosso tempo.
Segundo Levi-Strauss , mitos são transformações de conflitos fundamentais, ou contradições, que não podem ser resolvidos na realidade e por isso são transformados em símbolos. Considerando

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