Psicanálise Culturalista
Com a crescente ameaça de guerra no século XIX e com o fortalecimento do nazismo, a grande maioria dos psicanalistas europeus se retiraram da Europa em busca de maior proteção, fugindo sua grande maioria para a Inglaterra e os Estados Unidos, os quais converteram-se nos dois maiores centros de estudos psicanalíticos. Época também em que começaram nos movimentos teóricos a se falar muito de cultura e sociedade. Um dos principais teóricos e percussores deste movimento foi Erich Fromm, grande psicanalista que fez ligação entre Freud e Karl Marx, tentando unir psicanálise e marxismo para entender os movimentos culturais/ sociais e a base do seu pensamento era um humanismo radical.
Fromm criticava aqueles que deformaram o pensamento de Marx, transformando-o somente num economicista e empobrecendo o seu pensamento e também criticava Freud e sua concepção de homem como ser fechado e movido principalmente pelas forças da auto-preservação e instintos sexuais. Essas críticas de Fromm a Freud permitiram a ele partir da concepção da natureza humana de Marx (o homem como ser social) e assim apresentar uma renovação na psicanálise. Portanto ele se afasta da concepção de natureza humana expressa por Freud como somente biológica e retoma a concepção de Marx como sendo a produtividade uma característica fundamental da natureza humana. Assim Fromm irá dar um ‘novo valor’ a cultura e as relações sociais para explicar o ser humano e seu psiquismo!
Uma de suas teses mais importantes é a do caráter social. Ele encontra alguns tipos de caráter social que podem ser divididos entre: orientação produtiva e orientação improdutiva. As orientações produtivas são reduzidas a uma só, que é a do ser humano que manifesta a essência humana e que realiza a produtividade. Já as improdutivas se dividem em: Receptiva (a pessoa acha que tudo o que é bom está fora dela e ela espera somente receber, por exemplo, neste caso o mais importante não é amar