Psicanalista fonoaudióloga psicopedagoga
Os primeiros achados científicos a cerca do autismo infantil nasceram a luz de Léo Kanner em 1943, ao relatar 11 crianças com comportamentos parecidos dentro de suas perturbações afetivas e comportamentais. Que a principio denominou “distúrbio autístico do contato afetivo”, e logo depois “autismo”, retomando assim, o termo criado e utilizado trinta anos atrás por Bleuler, psiquiatra contemporâneo de Freud.
Há autores que citam o autismo como uma patologia que se estrutura nos dois primeiros anos de vida, período esse crucial para o desenvolvimento da linguagem da criança, trazendo alterações na linguagem dessas crianças. Essas alterações vão desde uma aquisição tardia da linguagem, como uma perda progressiva das vocalizações já adquiridas, ou ainda a persistência de manifestações verbais com características bem peculiares.
Autores, apontam para a dificuldade de reversão do pronome pessoal,ou seja o fato de que ‘alguns sujeitos referem-se sempre a si mesmo na terceira pessoa,continua ressaltando este fato no contexto mais amplo do sintoma que denominou “fala ecolálica”.Segundo esse autor ,algumas crianças por ele acompanhadas repetiam ‘como um papagaio”tudo o que lhe havia sido dito ,naquele momento(ecolalia imediata),ou em momentos anteriores(ecolalia diferida).A esse respeito,chega a afirmar que ‘a conversa dessas crianças é um eco de tudo o que já lhe pôde ser dito”,registrando a limitação ,ou mesmo a ausência da produção de frases espontâneas.(1-5)
Alguns autores detiveram-se na descrição das peculiaridades da linguagem dessas crianças salientando que essas crianças apresentam falhas na imaginação e na capacidade simbólica, podendo apresentar atraso na aquisição de linguagem expressiva e receptiva, quando comparados ao desenvolvimento normal de habilidades não-verbais. Entretanto a seqüência de desenvolvimento dos comportamentos específicos da linguagem,como ,fonologia,sintaxe e