Psicanalise
Alain Didier-Weill
LACAN E A
CLÍNICA PSICANALÍTICA
Estabelecimento do texto e tradução
Luciano Elia
ALtXA.'lDnê ftL'i! :;w{ 2.a 0/
Copyright © 1998. Alain Oidier-Weill
Estabelecimento elo texto e tradução
LstciaMO Elia
Projeto gráfico e preparação
Conlr~
C11pa
ISBN
85-860 ll-ll -8
1998
Todos os direitos desta edição reservados à
Contra Capa Livraria Ltda.
< ccapa@easynet.com.br >
Rua Barata Ribeiro, ~ 70 - Loja 208
22040-000- Rio de Janeiro - RJ
Tcl (55 2I) 236-1999 r:ax ( 55 21) 256-0526
SUMÁRIO
Lacm e a clínica psicanalítica a escansão
Il
a pulsão invocante
41
o passe
65
lnsistuição: proposta de um procedimento de passe tran.sinstitucional
81
LACAN E A
CLÍNICA PSICANALÍTICA
Seminário em três lições organizado pelo Corpo Freudiano
Pesquisa e Transmissão da Psicanálise, realizado no
Auditório do Rio Datacentro,
Pontifkia Universidade Católica do Rio d.e Janeiro nos dias
I, 2 e~ de dezfmbro de 1995.
A EscANsÃo
Agradeço a Marco Antonio Coutinho Jorge por me ter apresentado de modo tão generoso, e esta tarde tentarei lhes trazer alguns elementos para pensar uma questão que herdamos de Lacan, a questão da escansão.
O que há de mais originário no sujeito é o fato de que ele é o resultado de um pacto que se produziu num tempo pré-histórico, no qual houve um encontro. uma interseção entre o real e o simbólico. Lacan diz que, nesse momento, o real padece do significante. Neste pacto, que precede o recalcamento originário. no qual o imaginário ainda não intervém, o que se produz é um encontro entre este real humano totalmente enigmático, ou seja, este corpo que chega ao mundo numa materialidade que pesa, que se assemelha a uma folh a d e papel branca, a uma ardósia mágica, e aquilo que sobre ela vem inscrever-se, a ordem do significante. Af se produz um encontro entre "há"
ALAJ:-1 DIDIER-WEILL
(simbólico) e "não há" ( real). Com