Psi transtornos
Desde o século passado sabe-se da existência de um transtorno, onde o indivíduo manifestava ataques que se caracterizavam por comportamentos de gritos, agitação motora ou paralisia das pernas e dos braços, cegueira, mudez ou surdez. Esse fenômeno ocorria apenas em mulheres. Em função de este quadro ser essencialmente feminino, o entendimento da época era de que a gênese deste transtorno devia-se a movimentos por todo o corpo proveniente do útero, que havia se despregado de sua posição normal. Por isso, esse quadro recebeu o nome de histeria-hysterus / útero.
O transtorno do pânico (TP) caracteriza-se fundamentalmente pela ocorrência repetida, e pelo menos inicialmente inesperada, de crises ou ataques auto-limitados de pânico (episódios intensos de medo, com múltiplos sintomas físicos e psíquicos). Tais ataques não necessitam de estímulos desencadeantes diretos específicos, nem resultam de doença física. O curso do transtorno é crônico com altas taxas de recaída e tem como quadros comórbidos mais freqüentes a agorafobia, a depressão, o uso nocivo de substâncias e os transtornos de ansiedade, que podem dificultar o tratamento e piorar o prognóstico
O Transtorno do Pânico (TP) é comum em pessoas jovens (faixa etária de 22 a 45 anos), que se encontram na plenitude de suas vidas profissionais. O perfil da personalidade das pessoas que sofrem do TP costuma apresentar aspectos em comum: geralmente são pessoas extremamente produtivas à nível profissional, costumam assumir uma carga excessiva de responsabilidades e afazeres, são bastantes exigentes consigo mesmos, não convivem bem com erros ou imprevistos, têm tendência a se preocuparem excessivamente com problemas cotidianos, alto nível de criatividade, perfeccionismo, excessiva necessidade de estar no controle e de aprovação, auto-expectativas extremamente altas, pensamento rígido, competente e confiável, repressão de alguns ou todos os sentimentos negativos (os mais comuns são, o orgulho e a irritação),