Pseudo-história
DOI: 10.7594/revbio.09.02.07
Artigo
Pseudo-história e ensino de ciências: o caso
Robert Hooke (1635-1703)
Pseudo-history and science teaching: the case Robert Hooke (1635-1703) Taysy Fernandes Tavares1, Maria Elice Brzezinski Prestes1, 2, 3
Grupo de Pesquisa em História da Biologia e Ensino (GPHBE)
Departamento de Genética e Biologia Evolutiva, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo
3
Grupo de Pesquisa em História, Teoria e Ensino de Ciências (GHTC)
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2
Contato dos autores: 1taysyfernandes@hotmail.com, 2eprestes@ib.usp.com
Resumo. Esta pesquisa utiliza análise de componentes característicos de narrativas míticas em trechos históricos de livros didáticos. A presença desses componentes é indicadora de o que Douglas Allchin denomina “pseudo-história”, que deve ser evitada no ensino de ciências. O episódio histórico analisado foi o da observação da cortiça realizada por Robert Hooke no século XVII em livros didáticos de biologia, aprovados no PNLEM/2009. Os resultados encontrados mostram que embora contribua à discussão metacientífica, a proposta de Allchin parece insuficiente quando aplicada sobre materiais muito breves, sendo necessário um estudo aprofundado do episódio histórico em questão.
Palavras-chave. História da biologia, livros didáticos, pseudo-história, Robert Hooke.
Recebido 28mar11
Aceito 07jul11
Publicado 15dez12
Abstract. This research analyzes characteristic features of mythical narratives on historical episodes in textbooks. The presence of these components is indicative of what Douglas Allchin called “pseudohistory”, which should be avoided in science education. The historical episode examined in biology textbooks approved in PNLEM/2009 was the observation of cork by Robert Hooke, in the 17th century.
The results show that although contributes to metascientific discussion, the proposal seems inadequate when applied to very short materials,