Psciopata
Neste momento, busca-se conceituar a psicopatia, a partir dos diversos posicionamentos teóricos revisitados, bem como explicitar características pertencentes a indivíduos que apresentam este transtorno, relacionando a literatura acerca deste transtorno, com a prática de crimes.
Observa-se que o ambiente é de suma importância na constituição de qualquer personalidade. Maranhão (1995) refere que, no ambiente deficitário em que muitas pessoas vivem, acabam incorporando maus valores, e que, ainda, na reação de algum abandono, estas pessoas tornam-se adversas à estrutura social. Entretanto, alguns indivíduos possuem uma capacidade de aproveitar, incorporar a experiência vivida, e se saem caráteres mal formados, tudo se deve a uma inconveniente estrutura cultural. São mal formados porque não tiveram oportunidade de serem bem formados.
O mesmo autor refere ainda que existe um outro grupo de indivíduos que mostram-se incapazes de aprender pela experiência, de integrar grupos e conseqüentemente impossibilitados de efetivar um plano de vida. Tudo faz crer que já nascem com um defeito impediente do aproveitamento da experiência vivida. Não são mal formados: são mal constituídos.
A existência de uma tendência anti-social pode ser explicada, segundo Winnicott (1999), na ocorrência de um verdadeiro desapossamento (não uma simples carência). Isto quer dizer que houve uma perda de algo bom que foi positivo na experiência da criança até uma certa data, e que foi retirado. A retirada estendeu-se por um período maior do que aquele em que a criança pode manter viva a lembrança da experiência.
Por sua vez, nas suas relações com os outros, estes indivíduos, conforme Casoy (2004), apresentam: um encanto superficial, bem como ausência de nervosismo ou manifestações neuróticas; irresponsabilidade; mentira e falta de sinceridade; falta de remorso ou vergonha; egocentrismo patológico e incapacidade de amar, e, ainda, pobreza geral de reações