PRÓ SAÚDE
TEXTO 1 - A ESTRATÉGIA DE QUALIFICAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
1.1 A SITUAÇÃO DE SAÚDE EM MINAS GERAIS
A análise situacional da saúde em Minas Gerais mostra uma população num processo de envelhecimento muito rápido. Em 2006, 9% da população mineira, 1.800.000 habitantes, era composta por pessoas de mais de 60 anos; em 2025, esse percentual será de aproximadamente 15%. Esse incremento acelerado dos idosos tem duas implicações principais: o aumento dos custos do sistema público de saúde e o incremento das doenças crônicas.
Além disso, uma analise epidemiológica, realizada através do estudo da carga das doenças mostra que ela se compõe de: 15% por doenças infecciosas, 10% por causas externas, 9% por condições maternas ou perinatais e 66% por doenças crônicas. Essa situação epidemiológica é definida como de dupla carga das doenças porque, de um lado, persistem as doenças infecciosas e, de outro, há uma forte predominância relativa das condições crônicas que já são responsáveis por 2/3 da carga das doenças no estado.
Uma situação de saúde caracterizada pela dupla carga da doença exige, como resposta, a estruturação do sistema de saúde sob a forma de redes de atenção com um centro coordenador na atenção primária à saúde.
1.2 A SITUAÇÃO DE SAÚDE EM BELO HORIZONTE
Belo Horizonte foi planejada para ser uma capital moderna. Desde os primórdios, não se levou em conta a necessidade de uma política pública de habitação e ocupação do solo voltada para o desenvolvimento de toda a cidade. Os sucessivos governos preservaram a área central, permitindo que nas demais a expansão se realizasse de forma desordenada.
Essa forma de ocupação do espaço urbano determinou a existência de grupos sociais com diferenças importantes no acesso aos serviços de saúde, configurando perfis epidemiológicos e problemas de saúde diferentes.
No geral, o quadro de saúde do município não difere muito daquele das grandes cidades brasileiras,