Pré-sal
O que é? O termo pré-sal refere-se a um conjunto de rochas localizadas nas porções marinhas de grande parte do litoral brasileiro, com potencial para a geração e acúmulo de petróleo. Recebeu esse nome porque forma um intervalo de rochas que se estende por baixo de uma extensa camada de sal, que em certas áreas da costa atinge espessuras de até 2.000m. O pré-sal foi encontrado pela Petrobras no campo petrolífero de Tupi, na bacia de Santos, a 250 quilômetros da costa, na projeção cartográfica do estado do Rio de Janeiro. O campo foi oficialmente divulgado por sua operadora (Petrobras) em novembro de 2007. Suas reservas são estimadas entre 5 e 8 bilhões de barris de petróleo (além de gás natural), que ao contrário do que é frequentemente dito, é do tipo médio, e não leve[1]. Um dos motivos para a sua divulgação como leve é a comparação com a média da densidade do petróleo nacional. Pelos critérios de estimativa norte-americanos, as reservas de petróleo e gás anunciadas giram em torno de 12 bilhões de barris de óleo equivalente (“boe” – medida que inclui óleo e gás). Essa riqueza do pré-sal não se restringe a Tupi. A reserva de petróleo sob a camada de sal no subsolo oceânico estende-se por 800 km, indo de Santa Catarina ao Espírito Santo. A importância dessa descoberta está relacionada ao potencial de produção que o país poderá atingir. A profundidade total dessas rochas, que é a distância entre a superfície do mar e os reservatórios de petróleo abaixo da camada de sal, pode chegar a mais de 7 mil metros. As reservas anunciadas representam mais do dobro das reservas de Roncador, que contém aproximadamente 3 bilhões de barris recuperáveis de petróleo pesado, de menor valor comercial e era, até então, a maior descoberta de petróleo brasileira segundo disse o consultor Caio Carvalhão, do Cambridge Energy Research Association, no Rio de Janeiro. A Petrobras é a operadora do campo, no qual tem 65% de participação, sendo que a britânica BG Group